quinta-feira, janeiro 30, 2003
A MENTIRA

         Já dizia Leila Miccolis: "Eu não tenho vergonha de dizer palavrões, de sentir secreções. As mentiras usuais que nos fodem sutilmente estas sim são imorais, estas sim são indecentes." Pois é, a mentira essa sim é a geradora das decepções e de todo e qualquer malefício atroz. Mesmo que não sentindo o seu mal instantaneamente, ele um dia chegará com toda sua voracidade e o quão mais tarde pior será.
         A mentira desafia às regras morais e nos afasta primeiramente do nosso eu. Verdades únicas por exemplo, são grandes mentiras pois a verdade jamais será absoluta ou totalitária dentro de uma visão unilateral. Devemos então nunca deixar o mal da mentira entupir a nossa vida, afastando o ego derrocado de nossa existencia e escarrando em toda hipocrisia que a mesma trás consigo.
         Antes resignar-se à ameaçar o plano, mesmo que formatado, da natureza real. E assim liquide a possibilidade de mais um mal sutil impregnando o nosso presente e nosso existir.
domingo, janeiro 12, 2003
Alienamum

Verdades pseudas
Segue-se o padrão do cidadão comum
Tantas ideias bitoladas ao linear
Um mundo imenso
O medo do mutar
Uma flor desabrocha
O muco da discordia
A selva do questionar
O eu hipocrita
A semi-sanidade
Avenidas de exibição
Discriminar, rotular
Mas por que não transformar?
Mas por que não socar?
Passivos ao réu do nosso eu
Alheios ao que nos é essencia
Se cochila, xinga, estupra
Assim é mais fácil
Se pode cristalizar e não acordar
Mas sempre serão os mesmos
Escravos das fezes jogadas
Cuspidos pela azulglobina
Do ódio e do egoísmo
O logo do não-pensar