
Hoje, é a vez dos mauricinhos-patricinhascybermanos-junkies, das raves, do crack, da segurança dos shoppings e do Beira-Mar. Um cenário que pode parecer aborrecido ou irritante para muita gente que tem uma visão romântica de outras décadas. Mas nada melhor que a liberdade que temos hoje para saber qual é a real de uma juventude e de uma sociedade. Hoje, a juventude é mais tolerante com as diferenças. Hoje, existem ferramentas melhores para a pesquisa e a diversão. Hoje, a participação em ONGs é grande e issomostra um país que trabalha, apesar do Estado burocrático. O país está melhor.
Falta muito, mas o olhar está mais atento e até o sexo está mais seguro. Não temos hinos mobilizadores, mas nem precisamos deles. O jovem de hoje não precisa mais lutar pelo fim da tortura ou por eleições diretas, pois outras gerações já fizeram isso. Se o país necessitar, é verdade, lá estarão eles de cara limpa, pintada, o que for. Mas é bobagem achar, como pensam os nostálgicos, que tudo já foi feito. Há muito por realizar pelo país. Seria bom, por exemplo, se a juventude participasse de forma mais efetiva na luta pela educação e pela leitura. Sim, porque lemos pouco, muito pouco.
Ler mais vai fazer a diferença. Transformar a chatice da obrigação de ler Machado de Assis no prazer absoluto de ler Machado de Assis. Repensar a escola também é fundamental. Dar ao aluno mais responsabilidade pelo próprio destino e a chance de se auto-avaliar e avaliar seus professores. Reformular o sistema de avaliação e transformar a escola numa atividade de prazer: trazer para dentro dos colégios os temas da atualidade, além de transformar numa atividade doce e trinômio física-química-biologia.
Por Serginho Groisman
PS: Esse texto quem me apresentou foi o grande Tomaz Maciel =)
4 comentários:
eu sabia!
qnd comecei a ler, já lembrei logo q era de Tomaz! xD
Bem, o interessante dos anos setenta é que não se tinha nada. Logo fica mais fácil ir pro tudo ou nada.
Hoje, temos conhecimento de tanta coisa sabemos tanto de nossas responsabilidades que fica quase impossível virar Hippie por exemplo.
É interessente. Mas o texto apresenta muitos pontos falando-de-flores-tudo-azul. Pelo menos pra mim, em aspectos gerais, as coisas não melhoraram muito não.
;)
há muito pra se ter saudades. como da boa música, por exemplo. o que nossos filhos vão dizer que seus pais escutavam? egüinha pocotó? saudades talvez da esperança. da paixão! não se faz mais as coisas por paixão, emoção, patriotismo ou algo do gênero. os valores estão invertidos e os canais, abertos para discussões. podemos mais do que imaginamos! mas a danada da paixão... ah, isso faz falta.
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