segunda-feira, setembro 08, 2003
Apenas um dia


O sufrágio de nosso afeto
Infectando nossos campos
Nos exime do vital
Até abandonar por correr ao leu
Entregando os troféis
Rejeitando as amarras
Pelos olhos amarelos
Enxergamos uma relva
Mesmo que amarga e reprimida
Atravessamos o integral

De repente nos vemos
Entendemos
Renascer, sem corroer
Dizimando as dores
Acordando sem se perguntar

Ruas cheias, discórdias opacas
Funções binárias do acaso
Darwinismo, sedentarismo
Nada nos faz parar
Até que o escuro nos sufoca
E a poeira encobre nossos restos

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