segunda-feira, setembro 08, 2003
Apenas um dia


O sufrágio de nosso afeto
Infectando nossos campos
Nos exime do vital
Até abandonar por correr ao leu
Entregando os troféis
Rejeitando as amarras
Pelos olhos amarelos
Enxergamos uma relva
Mesmo que amarga e reprimida
Atravessamos o integral

De repente nos vemos
Entendemos
Renascer, sem corroer
Dizimando as dores
Acordando sem se perguntar

Ruas cheias, discórdias opacas
Funções binárias do acaso
Darwinismo, sedentarismo
Nada nos faz parar
Até que o escuro nos sufoca
E a poeira encobre nossos restos
quinta-feira, maio 01, 2003
Algumas perguntas inocentes

Quem matou Kennedy?
Que foi o 'garganta profunda' de Watergate?
Quem matou Letelier?
Quem preparou o golpe contra Mossadegh no Irã?
Quem preparou o golpe contra Jango no Brasil?
Quem recrutou e armou os talibãs do Afeganistão contra os russos?
Quem ensinou Saddan Hussein a produzir gases mortais?
Que insuflou o Iraque contra o Irã?
Quem, mesmo, faz explodir as torres do WTC?
Quem, se puder, vai 'plantar' armas químicas e biológicas no Iraque?
Difícil responder, Hein?!?
quinta-feira, janeiro 30, 2003
A MENTIRA

         Já dizia Leila Miccolis: "Eu não tenho vergonha de dizer palavrões, de sentir secreções. As mentiras usuais que nos fodem sutilmente estas sim são imorais, estas sim são indecentes." Pois é, a mentira essa sim é a geradora das decepções e de todo e qualquer malefício atroz. Mesmo que não sentindo o seu mal instantaneamente, ele um dia chegará com toda sua voracidade e o quão mais tarde pior será.
         A mentira desafia às regras morais e nos afasta primeiramente do nosso eu. Verdades únicas por exemplo, são grandes mentiras pois a verdade jamais será absoluta ou totalitária dentro de uma visão unilateral. Devemos então nunca deixar o mal da mentira entupir a nossa vida, afastando o ego derrocado de nossa existencia e escarrando em toda hipocrisia que a mesma trás consigo.
         Antes resignar-se à ameaçar o plano, mesmo que formatado, da natureza real. E assim liquide a possibilidade de mais um mal sutil impregnando o nosso presente e nosso existir.
domingo, janeiro 12, 2003
Alienamum

Verdades pseudas
Segue-se o padrão do cidadão comum
Tantas ideias bitoladas ao linear
Um mundo imenso
O medo do mutar
Uma flor desabrocha
O muco da discordia
A selva do questionar
O eu hipocrita
A semi-sanidade
Avenidas de exibição
Discriminar, rotular
Mas por que não transformar?
Mas por que não socar?
Passivos ao réu do nosso eu
Alheios ao que nos é essencia
Se cochila, xinga, estupra
Assim é mais fácil
Se pode cristalizar e não acordar
Mas sempre serão os mesmos
Escravos das fezes jogadas
Cuspidos pela azulglobina
Do ódio e do egoísmo
O logo do não-pensar