"Mulher! Não comemore seu dia, pois ele ainda não existe."

Longe de ser um dia celebrado. A violência, desemprego, submissão não pára de invadir ruas, casas, esquinas e vitimá-las. Sim, é notável sua resistência diante de tanta repressão, tantos preconceitos. Sobrevivendo a tudo isso, ainda sim é possível ver o tal do amor sobressaindo nestas.

Ofícios, documentos, provas nem precisamos é simples e claro entender que estas sim foram as mais rebeldes. Vivas e fortes. Derrubando tabus, arcaímos, retribuindo, ensinando até com seu seu silêncio, com seu olhar. Porém, muito longe ainda de ter seu verdadeiro lugar, de exercer seu verdadeiro papel numa sociedade hipócrita, que evolui a passos lentos, com fadiga, doendo os dedos do pés e d'alma.

Ainda há sim a esperança de olharmos e vermos que não passou de passado. Não há trincheiras, barreiras, regras que estanquem a vontade de crescer. Vem da liberdade, vem da emoção, de uma vida real, do enfrentar (sem nunca sentar) toda uma sociedade com o senil ranço da discriminação.