domingo, março 11, 2007

Essa tal de felicidade...

No latim, a palavra queria dizer - originalmente - "fértil" "fecundo" ligado à produção da agricultura. Mais tarde, por extensão de sentido, já que o que é fértil é também propício, favorável, felix tornou-se sinônimo de "alegre", "satisfeito". A raiz de felix é indo-européia: "amamentar". Do grego, a felicidade nasce da união das palavras eu (bom) e daimon (deus, espírito, demônio). Em Roma, a felicidade vem do termo fascinum, símbolo da prosperidade, fertilidade (o falo) e a sorte. No cristianismo já foi tida como símbolo da culpa, pecado. No iluminismo esta só vinha com o conhecimento.

Em cada cabeça uma teoria, uma imprecisão, um lugar comum. Ao se refletir profundamente sobre elas, há pouca diferença, mesmo com tantas coisas que podem acontecer-nos. No entanto, embora os antigos terem nos dado uma resposta com a qual muitos concordam, nós ainda sentimos a necessidade de perguntar-nos o que a felicidade é, e como sermos felizes.

A felicidade seria uma necessidade inexorável e nata do homem? O grande mal estar que sentimos ao definir a felicidade depende simplesmente do fato que, no fim, temos dificuldade de aceitar que nós não podemos ser objetivamente felizes em tudo e para sempre?

E pra completar a bagunça, numa época de narcisismo (eu-bunda), hedonismo, egoísmo essa pratica atinge diretamente a capacidade intelectual do homem discernir sobre sua conduta e sofrimento. “Quando um homem cala a sua miséria através de felicidade artificial, também cala a sua consciência. Na verdade, ele tem de calar sua consciência, pois é uma má consciência que geralmente provoca a sua infelicidade.” Aí vem os ansiolíticos , antidepressivos e a tal da felicidade é tratada como enxaqueca.

1 comentários:

Anônimo disse...

"eu-bunda", hahahahahahahaha

ok, ok... po, gostei da pesquisa que fizesse, procurando a origem da palavra 'felicidade' em várias culturas diferentes. eu nunca pensei!

é aí que eu digo: o grande problema do homem está em procurar a felicidade nas coisas, quando na verdade ela está dentro dele.

e depois eu incluiria as drogas (lícitas ou ilícitas) como forma de fuga, como um modo falso e ilusório de achar a felicidade. êba! vivemos num mundo de fantasia :)