sexta-feira, março 09, 2007

Quando iremos reescrever a história de forma nova?



A violência invade os lares, ruas, escolas, repartições. E pior, estamos cansados de ouvir este mesmo papo. Hoje, diferente de ontem, câmeras sádicas vislumbram os corpos no chão, entre o macarrão mastigado e o sangue derramado. Separados por uma tela de TV, uma janela, um passo, com um irmão, com você.

A anestesia é grande e em doses cavalares, a afasia faz parte da berrante condição humana. A resignição parte do processo diário. "Amanhã estou morto, mas tenho meu lugar no céu porque sou bom". E o que é feito pelo vizinho? Assistimos, assistimos e assistimos. Nesse big brother em que não há brincadeiras e em que há corpos no chão e ninguém leva 1 milhão. Banalizar o não-banal faz parte da receita. Ser desonesto é um membro do processo ético. E assim a história vai sendo reescrita com o mesmo lápis, com o mesmo papel e com as mesmas idéias.

Eu, eu mesmo e mim. Até que a festa acabe e eu tenha que ir embora com meus dedos, com meus vícios. A reação se dá em cadeia e no fim tudo vira recomeço. O que é a educação? O que é a arte? E pra que falar em sociedade, transformações? Vamos lá, rumo aos robôs repletos de carcinoma cultivando a eterna gana do só pra mim.

5 comentários:

Anônimo disse...

Para o júbilo
o planeta
está imaturo.
É preciso
arrancar alegria
ao futuro.
Nesta vida
morrer não é difícil.
O difícil
é a vida e seu ofício.

Vladimir Maiakovski

Lembra? :D ;*****

Anônimo disse...

Olio's BlogZine Returns!
Ainda melhor, mas como sempre futucando a ferida.

Unknown disse...

Será,
será que será,
que será,
que será Será que esta minha estúpida retórica (...)
Enquanto os homens exercem seus podres poderes Morrer e matar de fome, de raiva, de sede
São tantas vezes gestos naturais

http://www.youtube.com/watch?v=hkw5mZrAX08

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Curti a visão descrita.


Em plena morte do planeta
Todxs pagarão o preço do progresso